ode sétima - soneto de êxtase:
em tua ausência, amada, eu sou
a noite que se tornou pálida
e ledos silêncios estilhaçados
que cintilam por entre as catedrais.
vês, esta névoa, nos olhos d'estrelas
que enriquecem-me os umbrais?
são as invasoras saudades
do teu sutil toque em meu dorso.
quisera, amor, ser-te primavera
que floresce em tua boca madura
e embriaga-se do teu líquido ventre.
pudera, amor, ter-te crepúsculo
pra n'aurora dos teus olhos sorrindo
eternizar-me em teu gozo profundo.
@leaferro
Léa Ferro
Enviado por Léa Ferro em 25/05/2020
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